quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Calada da noite


Na noite o açoite do silencio cala em minha boca
E na calada da noite estou cheio de solidão
No pensamento paira um misto de sentimentos torpes
No coração o profundo pesar de verdades  amargas
Nessas horas que o relógio perde sua força, deixa escorrer suas horas
Nu, reviro na cama e me pergunto: Seria melhor a vida se nela houvesse razão?
Penso em você por mais insana que possa parecer minhas vontades
Por mais ridículo que me enxergo diante dos meus secretos pensamentos
o sol se nega a brilhar em minha face,  Contorço e sinto o peso do tempo
nem mesmo você, tempo que escorre, é capaz de ser  solidário a minha dor
lentamente me carrega, pra mais uma noite para mais uma certeza
a hora certa em que se cala em minha boca a solidão
                             
           Geraldo M. Macedo.