sábado, 2 de maio de 2015

Desesperança

Hoje eu me despeço de mim
Abro mão da esperança
Hoje eu abro minhas entranhas
Eu abro mão do meu medo
Mão que nunca toca, mão rota
Hoje não haverá abraços
Como papel que reveste paredes frias
Hoje eu me recolho aos trapos
Os restos que não servem pra nada
Hoje desesperado eu me pergunto por quê
Mesmo que no intimo eu saiba
Hoje o nada se fez, e o tudo tornou-se nada
                                                              Gerald M. Macedo.