terça-feira, 25 de maio de 2021

Saudades de mim.

 Sinto saudades de mim, 

sentado olhando o vai e vem das pessoas.

Sinto o cheiro saudoso no ar,

 pessoas a ir e vir sem rumo certo.

Pessoas que foram e não voltam mais.

Cheiro de fim de tarde, nuvens que brilham.

Folhas secas no chão, logo a noite cai.

Escuridão. logo a noite nos alcança, 

mais um dia de ais.

Sentado olho pro céu, 

olho em volta e vejo o tempo passar.

Arvores que secam, outras que brotam.

Um dia, ao menos para os filhos de Deus,

o tempo não mais existirá.


Dias a fim

 Olhos de azeviche, cabelos longos debruçados sobre os ombros.

A solidão me envolve, me faz cativo.

Me beija a face e se senta comigo.

Sei quem procuro, mas você nunca estará lá.

Minha sina é ser só, meu lema é solidão, caminhar...

...sem ter com quem conversar.

Alegro - me em ver sua beleza a distância, inalcançável por mim.

Dias e dias a fim...

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Talvez - (Menina de biquini vermelho)

A caminhada é certa, o destino não
a solidão é minha amiga, caminha comigo
certo de que chegarei um dia, não sei bem onde
mas encerrarei minha sina, entregarei minha carcaça

Sina de nunca ter alguém ao lado,  no caminhar
sempre seguir calado, em meio a escuridão
se tropeçar não ter em quem segurar, solidão
sentir-se ao meio fio, um frio, um desassossego

vagar sentindo medo, de se encontrar só
sem ninguém pra desatar o nó, nos amparar
viver um dia por vez, acreditando talvez
que amanhã será diferente, que alguém se
encante com a gente. Talvez.

                                                               Geraldo M. Macedo

O hoje e o amanhã

Amanhã eu não sei, mas hoje vou lutar
Brandir minha espada contra o vento
Golpes a se espalhar, braços e pernas
Corpo em fúria, lutar ,lutar e lutar

Amanhã não sei, nunca vivi lá
mas hoje eu lutarei, não me
entregarei sem lutar

Se já lutei, nem mais me lembro
E se golpes dei, ou se caí, agora é lenda
Mas hoje sei que vou lutar, sabendo que...
...o passado passou sem me avisar

Vivo o presente constante, golpes dados no ar
Vivo o agora, o exato presente, presente que é dado
a quem lutar, fugindo do passado plantando semente
que só no futuro irá germinar.

O erro nosso de cada dia.

A vida é uma dádiva Divina,
 os sentimentos são nossos 
melhores presentes, sentir o 
cheiro e o sabor, o vento a nos
 embalar, saborear.

Viver pequenos pedaços por
mais insano ainda é uma benção, 
pois a vida plena, é pra nós só
uma promessa, uma certeza que 
só se fará no futuro depois que
transpormos o muro.

Neste mundo insano porém, 
vivemos apenas aos pedaços,
escolhemos sem pensar no laço,
acolhendo o mau e rejeitando o 
bom, dizemos que somos
vítimas, quando de fato somos 
cúmplices deste terror

                    Geraldo M. Macedo

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Minhas verdades

Hoje eu queria te tirar para dançar
Mas como sempre, não sou sua escolha
Me escolherás quando o baile acabar
Quando mais ningém quiser dançar

Quando eu estiver saindo para não mais voltar
terás percebido que perdestes uma vida
Alguém que por ti estaria atento
Que derramaria flores em seu caminho

E eu, caminhando na noite fria
desatento, desconsolado e em desalento
Me confronto com o tormento de não ser uma escolha,
Nunca ter sido a primeira opção, sordido pensamento

Sou sempre o que não completa
velho demais, novo demais, pobre demais
tudo o que não se ajusta, de quem não se fala
sou aquilo que cala, que não compactua

Sou na verdade uma sombra, que permeia a esperança
assim como uma criança que brinca com a eternidade
Sobrevivo a toda maldade sem perder o sorriso
mas que busco meu abrigo, escrevendo minhas verdades.
                                                                                                            Geraldo M. Macedo

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

A eterna espera

Sinto sua falta, abraço todos com um sorriso sincero,
e aguardo, espero, mas não te vejo passar pela porta
Me alegro com a presença dos que me são leais,
mas sua ausência me imcomoda.
Dias normais.
                        Sonhos e ilusões.
                                                    Alegrias e ais.

Ai como me doi os meus ais, estou na porta a te esperar
Na tenra idade que te fazbela não entendes o meu pesar
Assim passas por mim como se não passastes
Não passas por mim de fato, passas por sobre mim

Guardo comigo um segredo que nunca sairá de mim
Que é por ti que eu desejo viver um amor sem fim
Oh! Bela menina, sublime como uma flor
O criador foi sublime no dia em que a criou
Feliz será o menino que ganhar o seu favor

Quem dera que me vistes à porta
Quem me dera que sentistes meus ais
Tu não saberás o quão bela aos meus olhos se faz
Singela sim.
                   Muito singela.
                                           Nada te digo mais.

sábado, 6 de janeiro de 2018

Mais um ano

É inquietante meu viver
A tristeza me assola
Existem horas de grande beleza
E existem realidades atrozes
Eu quis muito uma amada rosa
Mas não sabia que rosas não são eternas
Elas são sublimes em sua existência
No entanto são demasiadamente efêmeras
Ficam o tempo de perfumar o caminho
E se vão de forma rápida
Nem olham para o que deixaram no caminho
São rosas e têm espinhos, espinhos, espinhos...
Geraldo M. Macedo.

sábado, 25 de novembro de 2017

Desilusão

Desilusão

Continuo solitário, 
não ha alguém igual, 
um ser para dividir minha existência.

Sou de fato um desterrado,
 um algo que não se completa,
 sem uma esperança certa.

Algo que existe a esmo,
 na verdade sou o mesmo,
 sou uma ocorrência incerta.
 
Sempre esbarro em ideais, 
em desejos desiguais,
numa mau formada busca.

Quem me vê não me percebe,
nem me sente, não me mede,
permaneço em minha angustia.  
 
Geraldo M. Macedo.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

O de sempre.

Hoje, meu passado é mais passado
Meu presente é mais ausente e
meu futuro não me pertence
Me dói a insensibilidade de quem 
clamei por atenção
dias escuros, escuridão
medos murmúrios, vacilos
rompe o abraço, sinto o fracasso
vago no espaço, imensidão.

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Encontro com o passado


Ver você foi uma coisa estranha
Viver o passado e sorrir sem medo
Dançar, cantar como se fosse criança
Alegria plena de simples inocência.

Experimentar o passado
Reviver sonhos impossíveis
Como algo que nos alimenta
Uma sensação de que tudo volta

Como música que marca
Como algo que me toca
Algo que nunca muda
Assim como o que nos pertence

Pois o que é nosso está dentro de nós
Nada pode tirar de mim o que é meu
A luz da manhã, o cheiro do vento
A sua face sorrindo, o seu sorriso perfeito.

Geraldo M. Macedo.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Olhos de cristal

Escrever é um vício
Uma necessidade de expressão
Saber que o que pensamos
Não se perca no vazio
Atinja alguém no coração 

Queremos ser amados,
ou ao menos reconhecidos
Mas a verdade é que
todos estamos perdidos
Desesperados com
sentimentos ambíguos

Quisera eu ter sua atenção
Quisera ter atingido teu coração
Sei agora que não, tarde talvez
Vou lamentar dias e dias a fim
Mas toda perda é assim.
É um pedaço por vez.

Mas o que havemos de fazer?
Não nos debruçamos sobre o vazio.?
Admitir a solidão?
Ou seguir andando a beira do abismo?
Saberemos no tempo devido.
É um penhasco por vez.
Geraldo M. Macedo.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Catarse

As vezes vago pela noite,
busco lugares aconchegantes.
Olhares, pessoas elegantes,
sinto a necessidade de conviver.

Sinto que viver é conflitante,
misto de desventuras e vaidades.
Desencontros e falsidades, 
querem ser e não são, assim como eu,
vivem buscando perdão.

A noite se torna vazia, fria, pesada,
vejo irmãos na calçada, o frio doe em mim,
eles ao menos sabem o que não são.

Passear assim é como desviar de si mesmo,
é se esconder num emaranhado de medo,
é se saber solidão. 

Geraldo M. Macedo.

sábado, 28 de novembro de 2015

A mestra e seus dias


Os anos se passam 

Eles sempre passarão
Irrefutável dilema da existência
Dia a dia seu dia se escoa
Como uma velha canoa
Que desce o rio da vida
Um dia chegará ao mar
Enquanto não chega
Pássaros passarão
E margens, e margens, e margens
Muito você verá, da canoa
Muitos não verão a canoa passar
Segue assim o curso da vida
Canoa, mar e solidão.
“O mensageiro solitário”

sábado, 2 de maio de 2015

Desesperança

Hoje eu me despeço de mim
Abro mão da esperança
Hoje eu abro minhas entranhas
Eu abro mão do meu medo
Mão que nunca toca, mão rota
Hoje não haverá abraços
Como papel que reveste paredes frias
Hoje eu me recolho aos trapos
Os restos que não servem pra nada
Hoje desesperado eu me pergunto por quê
Mesmo que no intimo eu saiba
Hoje o nada se fez, e o tudo tornou-se nada
                                                              Gerald M. Macedo.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Minha partida!

Tenho que jogar uma partida
ela não é a primeira e nem será a última,
mas será a partida, no seu exato sentido,
partir-se, pode ser por inteiro, pode ser pela metade
Para partir não se tem idade

Eu parti aos quatorze e nem sei mais pra onde fui
Vivi pensamentos e pensei vivências, semao menos sentir
Pensei que um dia tivesse sido pai
pensei que um dia tivesse sido irmão
mas nunca fui nada; não.
E não sendo nada, agora ao me ver assim
é que entendo que queria ser algo; sim
mas como o partir carrega em si a desilusão
carrego em mim a tristeza de nunca ter sido nada; não
Geraldo M Macedo. ( para você Levy Rodrigues Macedo)

Confusão

imerso em minha confusão
me vejo a beira de um abismo
não tenho nenhuma pretensão
de ser solução ou improviso
abraço minha realidade, efêmera
de existir e de estar no instante
e de me purificar na incerteza
Ai de mim que agora me penso vivo
ai de mim que me penso salvo
Vivo na mesma sombra do abismo
que nesta confusão, me fez de alvo
que nesta loucura insana me desloca
pra uma condição de andarilho do asfalto
quisera me sentir vivo, quisera me sentir salvo.
Geraldo M. Macedo

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Para minha amiga Patty

Amanhã se minha filha estivesse viva estaria fazendo 16 anos, só eu sei a dor que é a falta que ela me faz, a ausência fere, queria ter sido eu a deitar entre meus antepassados, mas foi imposto a mim seguir em frente, vendo tudo ruir ao meu redor, mesmo assim em honra a memória dela eu sigo em frente, fazendo o meu melhor e sendo o melhor que consigo ser, quando se sentir muito triste, pense que poderia ser ainda pior, você é linda como era minha filha, saiba que sua presença é muito necessária, até mesmo para alegrar os meus dias, que são negros como a noite e pesados como a soma de todos os meus fracassos.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

lembrança de um amigo



Alheio a vida e a morte
vago pela madrugada
Não sei o quê me guarda a sorte
Se vou pro Sul, se vou pro Norte
Ou se farei uma parada
Foi nessa gélida paisagem
Fria mórbida e traiçoeira
Que aprendi a ter coragem
Para enfrentar essa viagem
Mesmo que leve a vida inteira
No peito trago a amargura
Não sou resto nem sou nada
É média a minha estrutura
De mente fria e calada
De quem te amou em silêncio.

Queria

Queria ser o que não sou,
vivo ao meu lado desde que nasci
e nada vejo de interessante ou belo.
É sempre o mesmo marasmo
dias de luta, dias de sol, dias de chuva,
e sigo sempre sem saber o que quero
sou sempre esse misto de angustia com castiçais
sou essa coisa que nem mesmo é,
sem iguais, sem ilusões, banais.
Num momento, penso ser capaz
no outro, nem sei mais...


Geraldo M. Macêdo.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Pra você Nay que tanto me fez feliz com sua voz


Tem dias que quando a vejo, me pergunto se é fato, ou se sonho, se meu sonho é de fato, verdadeiro, sua presença preenche todos os espaços, seu sorriso é como laço, me prende, me perco no compasso, me desfaço em meus mais torpes desejos. Sou de fato verdadeiro? Não sei, mas sei que de fato, como seu mais dedicado fã, eu te desejo.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Calada da noite


Na noite o açoite do silencio cala em minha boca
E na calada da noite estou cheio de solidão
No pensamento paira um misto de sentimentos torpes
No coração o profundo pesar de verdades  amargas
Nessas horas que o relógio perde sua força, deixa escorrer suas horas
Nu, reviro na cama e me pergunto: Seria melhor a vida se nela houvesse razão?
Penso em você por mais insana que possa parecer minhas vontades
Por mais ridículo que me enxergo diante dos meus secretos pensamentos
o sol se nega a brilhar em minha face,  Contorço e sinto o peso do tempo
nem mesmo você, tempo que escorre, é capaz de ser  solidário a minha dor
lentamente me carrega, pra mais uma noite para mais uma certeza
a hora certa em que se cala em minha boca a solidão
                             
           Geraldo M. Macedo.

sábado, 29 de setembro de 2012

Barcos

A simplicidade na beleza das flores
navega no nosso peito iluminado
rápido leva a corrente o barco já avariado
de sentimentos e muitas dores, de amores inconsolados

a alegria pois, de colorido variado
permeia de sensação, o coração desamparado
navega, navega bela barcaça
e faz de minha esperança um sentimento naufragado

Geraldo M. Macedo.

Primavera


Prima vera de meus encantos, muitos cantos
Pássaros em profusão, turbilhão
Pensamentos arejados, meus amados
Vivo alegre por vê-los belos, sem mistérios

A agua surge como pincéis nos campos
Tingem tudo de verde, amarelo azul e branco
Nascem minhas adoradas rosas, minhas amigas e irmãs
Nasço eu em esperança, como criança

Sinto a alegria brotando, num renovo
De crença num amanhã colorido, como lírios
Eles sim pertencem aos campos

E ao sentir o doce de suaves cantos
Num turbilhão de amados prantos
A alegria a me envolver em mistérios
Amarelas rosas, coloridas irmãs, lírios dos meus adorados campos.

Geraldo M. Macêdo.

domingo, 24 de junho de 2012

Sonho de navegar

          
Ao fundo, em minha página, pode-se ver o meu sonho.
Sempre quis fazer-me ao mar, singrar as ondas
Em incontáveis dias de solidão
Quem deseja aventurar-se, quer estar só
Deixa pra traz amores, amigos e coisas
Para que um dia possa voltar a vê-los
Quer  ter motivos para voltar
Pois partir é também um ato de desespero
Uma forma de conciliar a dor e o fracasso
É poder pensar ao retesar o braço
Se ao sabor do murro ou do abraço
É saborear o coração
                                                           Geraldo M. Macêdo.

Ao meu lado.


Ao lado,  sempre trago um amigo
Comigo,  sempre trago um amor
Amado,  sempre rio da dor
Calado, só me entende o amigo
A vida, só pode ser bem vivida...
                          ...se nela houver amigos...
                                                          ...se nela houver amor.

No interior de meu ser, vivem ilusões
No decorrer de minas horas, multidões
No romper da aurora, esperança
No alvorecer a satisfação de ter sido eu
Nos últimos momentos de minha gloria...
                       ...resignação e medo...
                                                   ...serenidade e paixão.
                                          
                     Geraldo M. Macêdo.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

A busca

O que é mais importante? A busca ou o objetivo?
Nunca saberemos
Na busca perdemos o objetivo
É algo como a teoria da incerteza

No instante inconsciente
Um amargo sabor
Na existência inconsequente
Um grande ardor

A passagem é efêmera
A existência é suprema
Busco existir, busco sentir
No amargor transpasso a alma
Na minha dor nego a existência

Busco em cada amor uma esperança
Me apego na minha infância
No sorriso de minha mãe 
Em brincadeiras de criança

Quisera ser eu agora
mas meu ego me consome
vago na escuridão a tatear
Busco encontrar meu coração
Onde ele estará, agora?
Geraldo M Macedo
 Somos solidão

Nasce no repente, o sentimento de ira
A vida se mostra injusta
Não somos completos, somos meio
Que nunca se completa, que sempre anseia.

De repente a pessoa que temos não é nossa
E a que queremos está com outro
No ardor dos sentimentos, queremos amar e não amamos
Nem a nós mesmos, pois somos incompletos
na nossa angústia, uma pergunta não cala:-
Quem nos completará?
Não vivemos a vida que se nos dá
Vivemos a vida que não temos
Não somos criaturas racionais, somos solidão

A solidão cala no amargo de nosso ser
Rimos, brincamos, mas no fundo estamos só
Na busca sem sentido de algo que não existe
A metade de nós
Geraldo M. Macedo

sexta-feira, 27 de maio de 2011

A procura.

Estar em busca de um grande amor, não é tarefa fácil.

Mentimos se dissermos que aparência não é importante,

mas mentimos mais ainda ao querer agradar o tempo todo,

e depois quando a vida se torna uma rotina é que vemos

que tolices foram levadas a sério e o tempo nos consome

deixando a magoa no lugar do amor, nunca saberemos se

somos a escolha ou a alternativa, só muito depois de termos

vivido de forma torpe é que nos damos conta de que ser uma

alternativa não é suficiente para nenhuma das partes.

Mas como encontrar o amor sem termos vivido, impossível.

Impossível também é não se machucar nessa procura, o que

é sagrado para uns é profano para outros, não podemos moldar

a personalidade do outro podemos apenas moldar a nossa, se caso

a mudança estiver de acordo com nossas crenças e convicções,

assim sigo minhas intuições minhas vivências e meu destino

sonhando um dia encontrar você na multidão.

GeMacedo

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Presentes e ausentes

Um dia ganhei uma pedra
entendi que muitas formas
existem para entendermos a vida
pode parecer que ao recebê-la
ganhei a dureza de uma rocha
ou uma eternidade serena e silenciosa
posso ter ganho a frieza da solidão
ou a mudança estática e inabalável
de qualquer forma ganhei uma pedra
e ao ganhá-la recebi muitas coisas
mesmo que não saiba bem
o que de fato veio com ela
Sei porém que ela me acompanha sempre
silenciosa, eterna, serena, estática,
imutável, sem se abalar com minhas mudanças
afinal ela é apenas uma pedra.

Geraldo M M