terça-feira, 17 de agosto de 2010

Solidão

Nas asas de um grande pássaro

Um dia voarei com certeza

E em nuvens de rara beleza

Encostarei mina face

Traga-me o odre de vinho,

Mas deixe-o do lado de fora

Em pranto beberei sozinho

Até que a tristeza vá embora

Já não me tenho em lucidez

Vago como um veleiro à deriva

Chocando contra minha sensatez

Naufragando em tua saliva

Olhe distante o poente

Sinta esta brisa, lá fora

Saiba que estarei presente

A cada manhã, que aflora

Geraldo Miranda de Macedo

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