Dor e confusão no nascer do sol
Ah!Essa vida,tudo o que nos cabe
Sonhar viver, como se me bastasse
Acaso tenho que me baste; a vida?
Ondas perdidas, derramam sobre nós
Sua fúria incontida num mar de devassidão.
Um grito um choro e o mundo se cala
Calou contigo a nossa dor compaixão?
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Num anelo, num suplicio,
um pedido de perdão.
Onde nasce oh, rancorosa solidão
Que nos cala com o nascer do sol
Onda brava, varre tudo, o que sobra é confusão.
Nasce a dor, num só momento
Nasce a morte em turbilhão.
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Olha para mim, me abraça!
Divida comigo essa dor,
Pois como você,sou vidraça
Trilhando os caminhos do amor
Em meio a tanta desgraça
Em meio a tanto horror.
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Um pálio de luz num relâmpago
Tempestade de desejo,
tempestade de paixão
Moram comigo, segredos
dos mais belos devaneios,
torpes, loucos,solidão...
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Como a brisa mórbida,
que Trazida pelo vento,
nos lambe a face,
num enlace movimento,
um embarace,
desafeto desalento,
desce um amargor forte,
traiçoeiramente lento.
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Humilde homenagem as mulheres que perderam suas vidas e famílias no tsunami.
Geraldo M. Macedo
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